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domingo, 15 de setembro de 2019


Jota Growski não nasceu no Rio, berço da boemia. Tampouco nasceu na Bahia, que dizem ser a matriz do samba. Ele é paulista e é prova viva de que em qualquer lugar deste país se faz samba de primeira. Alheio à discussão bipolar se o samba é carioca ou baiano, Jota deixou-se influenciar pelos grandes sambistas do Brasil e fez disso seu próprio estilo. Apesar de exercer outra profissão, nunca se desgarrou da música. Frequentador dos bares da grande São Paulo, carrega seu violão pelos becos e canta. Dono de uma voz rouca e grave, passa a certeza de que nasceu para isso. Se Charles Bukowski fosse brasileiro, Jota Growski certamente seria personagem de algum de seus contos. Em meio aos bêbados e prostitutas, ele encontra suavidade e canta tudo com muita propriedade. Desde juras de amor eterno até as conversas de balcão. A desenvoltura com que ele compõe é impressionante. Sou testemunha disso: mande uma letra para ele musicar e em meia-hora a melodia estará pronta e perfeita. Jota lançou recentemente o álbum Lá da noite e já tem o lançamento do EP Lá do sol previsto para 12/10/2019
Marco Sá - Rio de Janeiro-RJ

Claritude